sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vereador insistente

O vereador Elir Dassoler tem sido insistente para que a rádio comunitária de Boqueirão do Leão passe a transmitir as sessões do Legislativo, e com isso tem com frequência atacado o jornal O Boqueirão dizendo que ninguém fica sabendo do que ocorre na Câmara de Vereadores. A última vez em que Dassoler tocou no assunto foi na sexta-feira, e na tribuna do Legislativo. Ele aproveitou que o plenário estava cheio para dizer... Podemos falar 5, 10, 15 minutos, meia hora, duas horas, que ninguém fica sabendo. Foi assim que pela quarta vez Dassoler questiona a atuação do jornal. E como diretor do mesmo preciso esclarecer alguns fatos.
Se bem me recordo, o vereador Elir não tem razão no ataque que faz ao jornal, até porque noticiamo s, certa vez, que ele se posicionou contra um projeto do Executivo que buscava recuperar valores de tributos pagos por médicos, dentistas e bancos que estavam defasados –assim como ocorre com o Plano de Carreira dos servidores-, o que resultou na retirada de um outro projeto que concedia abono ao funcionalismo. Então quer dizer: nós noticiamos, sim, que os servidores somente não ganham abono porque o Elir resolveu fazer o seu “eatrinho. Como parte dos recursos a serem empregados no abono viria do equilíbrio desses impostos, a administração acabou retirando o projeto do Legislativo.
Também noticiamos recentemente uma acusação absurda feita contra o exemplar servidor público municipal Paulo Adriane Dornelles, que somente fez um contrato com o Município para que um funcionário que antes havia trabalhado no Setor de Empenhos da Prefeitura, pudesse treinar um novo funcionário, e a melhor forma achada para isso foi fazer um contrato temporário com uma empresa onde o conhecido Paulinho é sócio. Não há nada de errado no caso, mas o Elir disse que havia uma ganância no Executivo. Que é isso vereador, onde está o controle, e o pior: Elir Dassoler comentou o caso na tribuna da Câmara em cima de dados extra-oficiais, com bem disse.
Diante da publicação no jornal, e da repercussão que o fato envolvendo o Paulinho deu, Dassoler veio me abraçar na Câmara porque o jornal tinha publicado o que havia falado. Que máscara, hein seu Elir, para agora, na minha presença, malhar o jornal dizendo que não escrevemos o que fala, e por isso a rádio tem que passar a transmitir as sessões.
Mas até concordo com o vereador Elir de que a rádio transmita as sessões, aí então poderá ser esclarecido, por exemplo, o número de pedidos de cargos (emprego) que o vereador solicitou e com frequência solicita junto à administração, e quando esta não atende seus pedidos, o nobre vereador resolve criticar. A rádio talvez também possa servir para que o vereador faça um curso de oratória, porque seu discurso é muito fraco.
Por outro lado, quero esclarecer publicamente a população leo-boqueirense -e o vereador Elir Dassoler- que não temos compromisso algum de publicar as explicações pessoais que são registradas no Legislativo, uma vez que a presidência da Casa optou por pagar somente a parte que considera oficial, ou seja, a divulgação dos projetos, resoluções, emendas, pedidos, etc. que tramitam na Câmara. Em virtude disso, publicamos o que é possível, porque também temos interesse de que a população fique sabendo do que ocorre no Legislativo, mesmo que, por vezes, sejam pautas que não merecesse publicidade, como muitas apresentadas pelo vereador Elir Dassoler, que aliás, parece não conhecer o papel de um vereador, porque não me recordo, por exemplo, do edil ter feito uma emenda que seja a um determinado projeto.
Talvez por declarações e atitudes como essas que citei que o nobre vereador Elir Dassoler registrou uma considerável queda na sua votação na eleição de 2008, saindo dos 478 votos somados em 2004 e caindo para apenas com a oitava votação com 251 votos. Não bastasse isso, nem os próprios colegas de Elir conseguem ouvir suas manifestações, que geralmente tem algum interesse pessoal ou eleitoreiro por trás.
Mesmo que o vereador nos malhe, vamos continuar a fazer o nosso trabalho, sempre colocando a ética profissional em primeiro plano. Não é a manifestação vazia e sem nexo de um vereador que vai mudar nossa maneira de atuar.